História

As primeiras manifestações de carácter museológico documentadas em Santo Tirso datam de 1915, momento em que, pela primeira vez, foi exposta no claustro do mosteiro a coleção de objetos arqueológicos recolhidos pelo Padre Joaquim Augusto da Fonseca Pedrosa.

O Museu Municipal Abade Pedrosa foi “reativado” pela deliberação camarária de 7 de novembro de 1985 (ata n.º 46, fl. 24-25), na qual se definiu o âmbito das suas coleções, a sua missão e objetivos.

Em 10 de março de 1989, foi inaugurado e formalmente aberto ao público com uma exposição dedicada à arqueologia do concelho. Em 1997, no âmbito de uma candidatura ao Subprograma C do PRONORTE, a exposição permanente foi remodelada, tendo sido criados novos espaços expositivos e implementados os Serviços Educativos de uma Biblioteca especializada em Arqueologia. Em 2000, instalou-se um auditório com capacidade de 72 lugares.

O acervo museológico exposto é constituído essencialmente por objetos arqueológicos, provenientes de vários sítios da região, cujo horizonte cronológico se desenvolve desde o Paleolítico à Época Contemporânea, complementado por extensão dedicada à industrialização e à transformação do território e da paisagem, cujo processo se desenvolveu a partir de meados do séc. XIX. A exposição permanente procura documentar o quotidiano das populações nos diferentes períodos históricos, em estreita relação com as estações arqueológicas que constituem o repositório do conhecimento das culturas retratadas.

Em 13 de maio de 2002, o Museu Municipal integrou a Rede Portuguesa de Museus, passando, a partir dessa data, a fazer parte de um grupo relativamente restrito de instituições museológicas “credenciadas” pelo IPM/RPM.

A requalificação do MMAP, inaugurada em 21 de maio de 2016, projetada pelos arquitetos Álvaro Siza Viera e Eduardo Souto de Moura, integrou um programa mais amplo que incluiu a construção da Sede do Museu de Escultura Contemporânea de Santo Tirso com o qual partilha diversas valências – Área Administrativa, Loja, Cafetaria, Auditório e Reservas.

A intervenção possibilitou refazer o suporte e o discurso de comunicação, assim como proporcionar uma melhor adequação do mobiliário ao espaço, garantindo excecionais condições expositivas, nomeadamente no que respeita à conservação e preservação do espólio, às condições de visibilidade das peças, à fluidez da circulação e melhoria das condições de acolhimento dos visitantes.