93.

Fíbula

Proveniência – Castro de Alvarelhos, Alvarelhos, Trofa.

Material – Bronze. Observação ao microscópio ótico – Amostra de bronze ao estanho (14%) com 2% de chumbo. Elementos menores – Sb 0,5%, Ag – 0,2%, Ni – 0,14%. Microestrutura bifásica, notando-se as dendrites de solidificação primária.

Descrição – Fíbula. Arco de secção plano-convexa. Pé de recorte quadrangular com espessamento progressivo rematado com largo disco com gola. Ausência de eixo e fuzilhão. Descanso perpendicular ao arco com apoio curvo. Ausência de mola e fuzilhão.

As fíbulas tipo Sabroso devem o seu nome à estação epónima onde se identificaram cerca de 10 exemplares (FORTES 1905/08, 18, fig. 19). É tida como uma produção indígena, de influência post-hallstática, introduzida na área castreja a partir do séc. V a.C. A sua cronologia de maior difusão parece reportar-se a meados do séc. I a.C. a meados do séc. I (SILVA 1986, 189).

Este tipo de fíbula, com larga expressão na península, revela uma elevada concentração na área castreja, registando-se a sua presença em mais de uma dezena de castros 112 (PONTE 1980, 116-117, fig. 2; SILVA 1986, 188, gráfico 5; est. CI, n.º 3-14), o que permitiu a alguns autores interpretarem tal facto, como sendo resultado da localização de um centro produtor. Armando Coelho aponta a Citânia de Briteiros, Guimarães, como eventual centro de produção, devido ao facto de aí se ter recolhido um exemplar em fase intermédia de construção e onde é maioritária a presença deste tipo de fíbulas em relação a outros tipos (SILVA 1986, 188-189).

Classificação e cronologia – Tipo Sabroso A / Castro de Alvarelhos / Fase III.

Dimensões – Diâmetro máximo do disco 23 mm; Comprimento máximo do pé 30 mm; Comprimento máximo do descanso 23 mm; Espessura do arco 1 mm; Peso 21,9 gr.

Depósito – MMAP [ALV. 93 A, op. 225].

Bibli. – MOREIRA 2007, 103; 2010, 975, est. CCXI, n.º 41.