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Prateira – Sigillata Africana
Proveniência Monte Padrão, Monte Córdova, Santo Tirso. Material Cerâmica. Pasta muito depurada e limpa com cozedura uniforme, praticamente isenta de elementos não plásticos (N35). Apresenta pontos calcíticos de tom amarelado de distribuição uniforme. Superfície com verniz espesso e aderente, bem conservado de cor avermelhado (R15).
Descrição Prato tipo Dragendorff 15/17. Bordo e parede de taça modelada ao torno. Parede reta, ligeiramente côncava, projetada para o exterior, rematada por bordo com lábio arredondado. Carena externa marcada por friso e canelura que configura a canelura interna, que se apresenta larga e baixa. Fundo interno com cartela com sigillum ilegível. Pé baixo de secção triangular e fundo côncavo, com moldura hispânica.
A taça de Sigillata hispânica tipo Dragendorff 15/17 constitui uma forma de longa duração que evoluiu a partir do modelo sudgálico tendo registado uma grande variação de perfil e de dimensão ao longo do seu desenvolvimento. A sua evolução morfológica foi alterando as suas características originais afastando-a, irremediavelmente, dos protótipos sudgálicos até assumir uma forma completamente diferente. As várias etapas da sua transformação e respetiva correspondência cronológica não encontram nos diferentes autores a mesma interpretação. Mezquíriz considerou dois tipos. O primeiro, mais próximo dos protótipos sudgálicos, com parede aberta e ângulo de união da parede com o fundo bem marcado. O segundo, mais evoluído, com perfil mais aberto, de formato troncocónico (MEZQUÍRIZ 1961, 54-55, est. 1). Françoise Mayet subdividiu as diferentes etapas evolutivas em quatro grupos (MAYET 1975, 183-184; 1984, 71, est. LVII-LX). Por último, Romero Carnicero, a propósito das ocorrências de terra sigillata hispânica em Numância, não só estabelece uma divisão em três grupos, com base na análise das características formais de cada um deles, vinculando-os uma cronologia própria (ROMERO CARNICERO 1985, 188-190), servindo, a partir desse momento, como base de referência a outros trabalhos (VAQUERO 1998, 562-567). Classificação e cronologia Tipo Dragendorff 15/17 / Monte Padrão – Fase VII-VIIa. Dimensões Diâmetro máximo 190 mm; Altura máxima 50 mm; Espessura máxima do bordo 5 mm; Diâmetro do fundo 82 mm. Depósito MMAP [PAD. 13 A, A1, op. 198/192/199/128]. Bibli. Inédito.