A ocupação alto-medieva identificada no atual território de Santo Tirso, no seguimento de uma longa presença humana documentada de forma sequencial desde o estabelecimento das primeiras comunidades de agricultores até ao fim da época romana, historicamente enquadra-se a partir do incremento do processo de reconquista cristã, implementado por Afonso III (866-910), alicerçado numa importante reorganização militar e administrativa.
Com o incremento da reconquista cristã e a reorganização administrativa do território, nomeadamente a criação dos territoriae e das civitates assiste-se à personificação dos destinos militares, concentrados agora num castelo governado por um nobre, mas cuja existência, no imediato, não terá anulado o papel das fortalezas de iniciativa popular mas, pelo contrário, terá dado um novo enquadramento ao processo de reconquista, sobretudo nas zonas de fronteira. É neste contexto que se inscrevem as guarnições militares de Monte Córdova e de Refojos de Riba D’Ave que encontram paralelo e enquadramento estratégico num vasto conjunto de equipamentos militares na área meridional do Noroeste Peninsular.