Ara encontrada na capela de S. Bartolomeu em Santo Tirso, onde servia de pia para água benta. Foi retirada em 1952 por Carlos Faya Santarém e colocada no Museu Municipal Abade Pedrosa, em Santo Tirso, onde atualmente se encontra.
Ara votiva de grão fino, trabalhada nas quatro faces, com arestas muito desgastadas e fraturada na face inferior. Base de forma quadrangular moldurada com três toros. O capitel, de forma paralelepipédica com os cantos arredondados, apresenta uma cruz gravada no seu lado esquerdo e dois pequenos orifícios circulares na face. Fóculo escavado. Epigrafe composta por caracteres atuários, muito ténues, de recorte desigual, de difícil leitura, com inclinação predominante à direita, paginação muito deficiente, sem qualquer alinhamento ou eixo de simetria. O mau estado de conservação da epígrafe apresenta grande dificuldade de leitura, em particular nas suas últimas linhas, tendo originado diferentes transcrições e interpretações.
DOM (ino) DEO / NENEOECO / SEVERV(s) / [S]ATVRNI / NI [F(ilius)] VO / TO POSV/IT NVMIN (i) / …
Ao deus (Cusu)Neneoeco, Severo, filho de Saturnino, erigiu em cumprimento de voto….
A inscrição apresenta caracteres muito ténues e mal conservados, tendo originado diferentes leituras entre os vários autores que abordaram o seu estudo.