Estela discoidal em granito de grão fino da região. Disco circular decorado nas duas faces e talão de formato sub-retangular. Decoração composta por quatro círculos concêntricos, com sulcos de perfil em U. No centro uma cruz de braços iguais com ligeira inclinação à esquerda. Na outra face a decoração é semelhante, apresentando-se, contudo, mais vincada.
Na Idade Média, uma forma de homenagear os mortos, para além dos rituais das tumulações, consistiu na colocação de lápides à cabeceira das sepulturas. As estelas discoides medievais normalmente apresentam uma configuração de “palmatória”, ou seja, uma parte superior em forma de disco e a inferior em espigão, destinada a ficar enterrada.
A sua iconografia, geralmente muito rica, permite uma abordagem multifacetada da sociedade, nomeadamente na área da economia, uma vez que os temas patentes fornecem inúmeras informações sobre os ofícios e profissões. A iconografia representada de maior expressão é a crucífera, seguindo-se os motivos geométricos e a representação de instrumentos de ofícios.