Architectural project

The Municipal Museum is housed in the former guesthouse of the Monastery of Santo Tirso, which was built between 1737 and 1740, during the abbacy of Dom Plácido de São Bento. The building is currently owned by the Santo Tirso City Council and forms part of the heritage complex known as the Monastery of Santo Tirso, a property classified as a National Monument (Decree of 16/06/1910, Official Gazette no. 136 of June 23, 1910; Decree no. 38 491, Official Gazette no. 230 of November 6, 1951; and Decree no. 28/82, Official Gazette no. 47 of February 26, 1982).

The building that houses the Museum has a rectangular floor plan with longitudinal development, following the orientation of the main church and defining the eastern side of the square, now known as Largo Abade Pedrosa. Built with granite masonry, the façades are coated with a clay-lime mortar and painted white, while the structural elements—such as frames, pillars, window openings, and entablature—feature exposed granite, both on the interior and exterior. The west-facing façade, consisting of two floors, reveals a continuity between the first-floor doors and the corresponding ground-floor windows, connected by panels with curvilinear cutouts. The upper-floor windows, more elaborately designed than those on the ground floor, feature openwork pediments. The east façade, more modest in design, features only rectangular windows topped with openwork pediments, interrupted by rectangular pilasters that divide the façade into three unequal sections. O topo ocidental possui um frontão, muito realçado, onde se inscreve um monumental brasão da Congregação Beneditina. Os vãos unem-se à exuberância do enquadramento pelo seu forte vigor impressionista. Simétrica à existente, na face oeste, no lugar da atual porta de entrada do Museu, a enquadrar o brasão, existiu uma outra janela trifoliácea, de igual recorte, destruída entre 1841 e início de 1842, no decurso das obras de adaptação do edifício para Tribunal e Paços do Concelho, agora resposta na intervenção 2016.

O piso inferior, adega e celeiro do antigo mosteiro, conserva ainda hoje as suas funções originais. Apresenta uma colunata de pilares retangulares, equidistantes, implantados no terço oeste da nave, de suporte a uma cobertura de abobada de arestas que, aparentemente, subdivide a área em duas naves, funcionando uma delas, a mais estreita, como acesso ao restante espaço que se mantém amplo. A cobertura do edifício é composta por um telhado de duas águas em telha cerâmica.

O interior do edifício estrutura-se a partir de uma ala que percorre longitudinalmente todo o edifício pela face oeste, a partir do qual se estabelece o acesso às diferentes salas, que configuram a exposição permanente.

A opção de reunir no mesmo espaço físico o Museu Internacional de Escultura Contemporânea e o Museu Municipal Abade Pedrosa decorreu da vontade de concentrar recursos humanos e financeiros, tornando, simultaneamente, o projeto mais intenso e atrativo para o público.

Por outro lado, tendo em consideração que o MMAP está instalado no Mosteiro de Santo Tirso, o museu constituirá um espaço de acolhimento e interpretação para quem pretenda visitar o imóvel e a área que lhe está consignada, independentemente da utilização que lhe é dada ou dos diferentes proprietários. Este espaço será o ponto de partida e de chegada de quem decida conhecer este imóvel.

O programa compreendeu a ampliação do MMAP para albergar a sede do MIECST, a requalificação do Museu Municipal Abade Pedrosa, enquadrando uma nova área de acolhimento e receção partilhada, cuja lógica construtiva realça igualmente as duas valências (Sede do Museu Internacional de Escultura Contemporânea / Museu Municipal Abade Pedrosa) tendo como linha condutora a racionalização e partilha de espaços, serviços e recursos (materiais e humanos).

A exposição permanente estrutura um discurso coerente e interpretativo da ocupação do território desde as primeiras comunidades humanas até à contemporaneidade, que tem por base os vestígios materiais mais significativos de cada período em análise – Pré-história; Proto-história; Romanização; Idade Média e Moderna e Época Contemporânea –, estruturada em seis espaços (salas) expositivos, complementados por uma sala polivalente que pode receber exposições e outros eventos de carácter temporário, assim como converter-se num pequeno auditório capacitado para acolher fóruns científicos ou atividades de carácter lúdico.